
Sempre entro em crises… do nada.
É como se um gatilho invisível disparasse dentro de mim, sem motivo aparente, sem aviso, sem lógica.
De repente eu me vejo criando cenários que não existem, sofrendo por coisas que não aconteceram, esperando sempre o pior — como se minha cabeça trabalhasse contra mim.
E o mais difícil é ouvir:
“Mas por que está assim? Não aconteceu nada!”
Se fosse tão simples assim… eu também não saberia explicar.
A verdade é que quem vive ansiosa entende:
o corpo sente antes da mente entender.
O coração dispara antes do perigo existir.
A dor aparece antes da razão chegar.
A minha reflexão
Com o tempo, aprendi que essas crises não fazem de mim fraca — fazem de mim humana.
E também aprendi que ninguém é obrigado a entender o que nunca sentiu… mas eu sou obrigada a me cuidar.
A gente precisa se acolher, respirar, pedir ajuda quando necessário e lembrar que não é vergonha nenhuma admitir que está difícil.
Para você que está lendo isso
Se alguma parte desse texto te descreveu… por favor, não carregue isso sozinho(a).
Seu sentimento é válido, seu medo é real, e sua dor merece cuidado.
Se, em qualquer momento, você sentir que está perdendo o controle, que o desespero tomou espaço demais ou que não consegue mais lidar sozinho(a):
No Brasil:
📞 188 – Centro de Valorização da Vida (CVV)
Atendimento 24 horas, gratuito e totalmente anônimo.
Você não está só.
E pedir ajuda é, sempre, um ato de força.
Conclusão
Eu sigo tentando me entender, devagarzinho, respirando fundo, lutando contra a minha própria cabeça quando ela tenta me derrubar.
E sigo acreditando que, mesmo nos dias mais confusos, Deus segura minha mão antes que eu caia.