segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Cirurgia da Minha Mãe

O Dia Mais Intenso: Cirurgia da Minha Mãe

A cirurgia da minha mãe já havia sido planejada outras duas vezes, mas sempre precisou ser suspensa. Finalmente, no dia 31/08, fomos informados que seria realizada no dia seguinte, 01/09/2025. O coração batia acelerado, misto de esperança e medo.

Passei a tarde inteira com ela no hospital, depois fui para a faculdade, voltei para casa, tentei descansar. Mas a mente e o coração não descansam quando o amanhã pode mudar tudo. Às 5 da manhã, retornei ao hospital para abraçá-la e levar suas coisas para casa.

Ela já estava preparada: acordou às 4 da manhã, tomou banho, recebeu orientações, vestiu a roupa da cirurgia. Às 6h vieram buscá-la. Ela me entregou o celular, a bolsa e caminhou até a maca com coragem silenciosa. Meu coração se apertava, mas tentava permanecer firme. Acompanhei a novena do Frei Gilson, que se encerrava naquele momento, e senti Deus segurando nossas mãos.

Minha mãe se deitou na maca ainda de chinelos. O enfermeiro pediu para tirá-los. Ao pegar os chinelos e dar um beijo nela, meu mundo desmoronou. Corri para o banheiro, tentando não chorar na frente dela. Respirei fundo, engoli as lágrimas e caminhei junto com o enfermeiro até a porta do centro cirúrgico.

O enfermeiro abriu a porta e disse: "A despedida é aqui. Daqui para frente, só ela entra." Dei um último beijo e sussurrei: "Vai com Deus." E quando a porta se fechou, senti um vazio enorme, misto de medo, amor, culpa e fé. Poderia ser a última vez que a via viva, e ao mesmo tempo, sabia que era necessária a cirurgia para sua sobrevivência.

Fui andando pelo corredor frio, longo, silencioso, vazio, lágrimas e preces se misturando. Um guarda se aproximou para oferecer ajuda; só consegui chorar mais. Saí para o carro com suas coisas, pedindo a Deus pela cura e proteção dela. Liguei para minha irmã, tentando mostrar força, mas por dentro eu não era nada além de uma filha que confiava sua mãe ao cuidado de Deus.

Não consegui esperar na porta do hospital. Voltei para casa, tentei estudar, rezei e chorei. O coração parecia explodir, mas a fé em Deus me sustentava. Amanhã contarei o que aconteceu depois,

  • O medo e a ansiedade antes da cirurgia da minha mãe.
  • O abraço, o beijo e a despedida que rasgaram meu coração.
  • Confiar em Deus mesmo quando tudo parecia impossível.
  • A coragem silenciosa da minha mãe diante do desconhecido.
  • A fé e oração como pilares que sustentam a família.

💛 Reflexão: A vida mistura medo e fé, dor e amor. Deus é nosso porto seguro, e a família é o alicerce que nos mantém fortes diante do impossível.


✨ Gratidão

Sou grata a Deus por sustentar meu coração, pela força da minha mãe, pelo apoio da minha família e por cada oração que nos manteve firmes. Mesmo na dor e no medo, Ele nos guiou e nos deu esperança.

Se você estiver passando por um momento difícil, converse com alguém. CVV – 188 (24h).

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Quando a Justiça vira a última esperança

Quando a Justiça se torna a única porta aberta

Depois das respostas da cidade e do estado — que reconheciam a urgência, mas diziam que a fila era grande demais — eu percebi que não tinha mais para onde correr. Eu entendia o sistema… mas o meu coração estava em pânico. Afinal, minha mãe carregava dentro dela um aneurisma que poderia estourar a qualquer momento.

Os médicos tinham dito com todas as letras:

  • “O aneurisma é grande.”
  • “Ela é uma bomba-relógio.”
  • “O risco de óbito é alto.”

E mesmo assim… mais de dois anos na fila. Dois anos ouvindo minha mãe reclamar de dor, vivendo com medo de que o telefone tocasse para trazer a pior notícia da minha vida.

Destaque emocional: A sensação de impotência era tão grande que parecia que o mundo seguia normalmente… menos eu.


A decisão mais difícil que já tomei

Eu e minha irmã procuramos uma advogada. Ela analisou tudo: laudos, exames, tentativas, respostas do estado, histórico médico. Então disse que poderíamos entrar com um pedido judicial.

Mas o valor… R$ 5.000,00. Um dinheiro que a gente simplesmente não tinha.

Mesmo assim, era o valor que poderia garantir o que ninguém estava garantindo: a cirurgia que salvaria a vida da nossa mãe.

Depois de muito choro, medo e conversa, dissemos sim. A advogada juntou todos os documentos e entrou com o pedido.

Os dias seguintes foram uma tortura. A urgência era clara… mas esperar é sempre o que mais dói.

Em cerca de cinco dias saiu a resposta do estado e do município — igual à anterior: “Fila grande, superlotação, aguardem.”

Mas dessa vez, tinha alguém ouvindo a nossa dor.

Destaque emocional: O parecer do juiz foi como respirar após muito tempo debaixo d'água.


O parecer que mudou tudo

O juiz determinou que o estado deveria providenciar a cirurgia em até 30 dias, sob pena de multa — e autorizou a realização em qualquer hospital com capacidade.

Foi a primeira fagulha de esperança depois de tanto desespero.

E então… menos de dez dias depois, o telefone tocou. Chamando minha mãe para internação. Ela deu entrada, iniciou os exames e começou os preparativos para a cirurgia.

Eu chorei. Chorei de medo, de alívio, de exaustão. Porque finalmente alguém tinha visto a vida dela — e entendido que não dava mais para esperar.

💡 Dicas para o leitor:

  • Se você está na mesma luta, documente tudo.
  • Procure orientação jurídica — há casos em que é a única saída.
  • E lembre-se: sua dor é legítima, sua luta é válida.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

O Desespero de Ver Minha Mãe em Perigo

💔 O Desespero de Ver Minha Mãe em Perigo

Em julho, ao receber os últimos exames da minha mãe, senti o chão desaparecer sob meus pés. Depois de mais de dois anos esperando na fila do SUS, os resultados mostravam que seu quadro havia piorado.

Fomos imediatamente ao hospital conversar com os médicos, buscando respostas, orientação, qualquer caminho que pudesse nos dar alguma segurança. Cada palavra que ouvíamos aumentava o medo: "ela é uma bomba-relógio", "o aneurisma pode estourar a qualquer momento", "as chances de evolução para óbito são altas".

Meu coração acelerava, minha mente rodopiava. Tentar compreender a situação e, ao mesmo tempo, aceitar a realidade cruel foi uma mistura de ansiedade, desespero e impotência.

Buscamos recursos. Fomos às ouvidorias da cidade e do estado, relatando a demora, a urgência, o medo. Recebemos respostas formais: a fila é grande, a espera é longa… mas a sensação de não ter controle sobre o tempo me consumia.

Mesmo entendendo a complexidade do sistema e respeitando as dificuldades da fila, cada minuto parecia precioso demais. Cada segundo parecia pesar no peito.

Essa busca inicial não trouxe respostas definitivas, mas nos deu um caminho para lutar, para sermos ouvidos, para buscar qualquer recurso que pudesse salvar tempo e dar esperança. Foi o primeiro passo de muitos que ainda virão.

O desespero se misturava à determinação, e mesmo entre lágrimas e medo, aprendi que lutar, buscar, insistir… é uma forma de amor, uma forma de não se render ao medo.

Enquanto caminhamos nessa etapa, cada ligação, cada protocolo, cada tentativa é um lembrete de que não podemos perder tempo. Que a vida é urgente. Que o cuidado começa agora, mesmo com a fila, mesmo com a espera, mesmo com a ansiedade nos engolindo.

  • Desespero com exame agravado
  • Fila de espera do SUS de mais de dois anos
  • Ação nas ouvidorias da cidade e estado
  • Medo e ansiedade pelo aneurisma
  • Reflexão sobre coragem e cuidado

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Vontade de sumir...


Entre a Dor e o Peso dos DiasQuando a Tristeza Pesa: Reflexões sobre Dor, Distância e Sobrevivência

E a sensação ruim continua… Ela me acompanha quando acordo e me espera quando anoitece. Às vezes eu só queria que tudo isso terminasse logo. Queria respirar sem esse peso, viver sem essa tristeza que cresce devagar, mas nunca me solta.

Minha mãe não estará comigo no Natal, e no Ano Novo eu não estarei aqui. Já são mais de sete anos sem passarmos essas datas juntas, e essa distância dói de um jeito que parece abrir um buraco no peito. Eu queria tanto ficar… mas não posso. E, sendo sincera, tem horas em que eu queria mesmo era que essas festas não existissem. Ou que eu não existisse dentro delas.

Queria dormir e só despertar quando tudo tivesse passado.

É complicado tentar explicar. Parece que a dor aumenta um pouco a cada dia — uma tristeza silenciosa, que quase ninguém percebe, mas que eu carrego sozinha. Me consome. Me esgota. Me enfraquece.

Mas eu não fiquei parada. Eu busquei ajuda. Falei com profissional, procurei apoio, pedi socorro. Sei que não preciso enfrentar isso sozinha, e sei que pedir ajuda não é fraqueza — é sobrevivência.

Mesmo assim… ainda dói. Ainda aperta. Ainda pesa.

E por isso eu quero saber: alguém aí já sentiu algo assim? Já viveu esse vazio, essa mistura de saudade, medo e exaustão? Como vocês lidaram com essa dor que ninguém vê?

Às vezes, a gente só precisa que alguém nos escute. Que alguém entenda que não é drama, não é exagero — é alma cansada. É coração machucado.

Se você está lendo isso, obrigada por estar aqui. Obrigada por me ouvir.

Se, em qualquer momento, você sentir que pode estar perdendo o controle, por favor procure ajuda imediata.

📞 188 – Centro de Valorização da Vida (CVV) Atendimento 24h, gratuito e anônimo.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Quando o fim do ano pesa mais do que deveria


Quando o Fim do Ano Aperta: Entre a Gratidão e a Dor que Ninguém Vê

Chegando nos últimos dias do ano… e, como sempre, algo dentro de mim desaba. É quase automático. Uma tristeza que vem sem pedir licença, um vazio que ocupa espaço demais, e uma culpa pesada por sentir tudo isso quando, teoricamente, eu “deveria” estar feliz.

✨ A história por trás desse sentimento

Eu tento. Eu juro que tento encontrar uma alegria forçada, um sorriso emprestado, uma dose de animação para não decepcionar ninguém. Mas parece que meu corpo sabe antes de mim: essa época me dói.

É uma mistura de melancolia, pressão, comparações silenciosas e uma sensação de que fiz menos do que deveria, mesmo quando fiz tudo o que consegui.

E aí vem aquela vontade: que esse ano acabe logo… por favor.

✨ E isso não acontece por falta de motivos para agradecer

  • Minha filha passou no vestibular.
  • Vai se formar na próxima semana.
  • Vai brilhar no palco do teatro.
  • Estou empregada.
  • Minha família está viva e bem.
  • Eu posso abraçar quem amo, ouvir suas vozes, sentir sua presença.

Sou profundamente grata a Deus, que cuida de mim e da minha família a cada instante, silenciando perigos que eu nem vejo.

Mas ainda assim… falta. Falta algo que eu não sei explicar. Falta uma paz que parece escapar pelos dedos. Falta um lugar onde eu caiba inteira, sem precisar fingir alegria para agradar.

✨ A reflexão que essa dor traz

Tem sentimentos que não obedecem lógica. Tem dores que se repetem como um ciclo. E tem épocas do ano que tocam a gente exatamente onde estamos mais frágeis.

Tudo bem não saber o porquê. Tudo bem não amar festas. Tudo bem desejar silêncio quando o mundo inteiro parece explodir em barulho.

Talvez a pergunta não seja “por que eu sinto isso?”, mas “como posso ser gentil comigo quando isso chegar?”.

✨ O que tem me ajudado, mesmo nos piores dias

  • Permitir sentir, sem me julgar.
  • Repetir em silêncio: “Jesus, cuida de mim. Aumenta a minha fé.”
  • Lembrar que a tristeza não invalida a gratidão — elas coexistem.
  • Reconhecer que o fim do ano desperta emoções profundas, e isso não me faz fraca.

✨ Conclusão

Escrevo isso porque este também é meu pedido de socorro e, ao mesmo tempo, meu pedido de fé. Eu não quero me sentir assim, mas sinto. Eu não controlo, mas confio.

Se você também se sente sufocada nessa época, saiba: você não está sozinha. Que Deus cuide de nós, acalme nossos medos e encha de luz aquilo que ainda falta.

💛 Se você estiver passando por um momento de desespero ou pensamentos ruins, procure ajuda imediatamente.
📞 CVV – 188 (atendimento gratuito e 24h)

sábado, 2 de dezembro de 2023

Quando a Ansiedade Quer Me Convencer Que Algo Ruim Vai Acontecer


💭 Quando a Mente Grita e o Coração Silencia: a Dor que Ninguém Vê

Hoje acordei com a mente pesada. Não é a primeira vez — e dói admitir que está ficando mais frequente. Tenho passado por crises constantes de ansiedade e uma vontade crescente de ficar só. É como se meu corpo pedisse silêncio e a minha mente gritasse ao mesmo tempo.

E nesses dias, eu me sinto um lixo de pessoa. Me sinto insuficiente. Incômoda. Como se não tivesse espaço no mundo. Cada vez mais eu quero distância das pessoas, mesmo sabendo que elas não têm culpa de nada disso.

A verdade é que eu mesma não sei de onde vem essa sensação tão forte de inadequação.

Nos últimos dias, a ansiedade piorou muito. E tem algo que me assusta: uma voz dentro da minha cabeça repetindo que este é o último ano da minha mãe viva.

Eu não sei explicar. Não sei por que isso aparece. Só sei que dói ouvir. Parece que essa voz está tentando me preparar para alguma coisa terrível, mesmo que não exista motivo real. E só isso já me tira o chão.

As festas de fim de ano estão chegando, e eu não queria existir nelas. Nunca gostei dessa época — mas este ano a tristeza parece maior. Não sinto emoção nenhuma. Só um vazio que dói.

Eu queria ficar sozinha, mas ao mesmo tempo tenho que conviver, sorrir, estar presente… mesmo quando tudo em mim pede silêncio. Eu me sinto desprezível por não conseguir ser como os outros, por não sentir o que se espera de mim.

Não estou dormindo direito. E a voz não para. Eu não quero que minha mãe morra. Eu só estou tão cansada que às vezes nem força para pedir a Deus eu encontro.

✨ Lembre-se!

A ansiedade tem esse poder cruel: ela transforma medos em profecias, pensamentos em ameaças e cansaço em culpa. E o cérebro, exausto, começa a inventar perigos para tentar “nos proteger”. Quase sempre, essas vozes internas não falam sobre o futuro — falam sobre o quanto estamos machucadas agora.

✨ Algumas coisas que aprendo enquanto atravesso esse momento

  • Medos intensos não são avisos do destino — são sinais do meu esgotamento.
  • Minha mente não é inimiga: ela está pedindo ajuda.
  • Isolamento não é preguiça, é um pedido do corpo por descanso emocional.
  • Conversar sobre o que sinto, mesmo que pareça pouco, alivia o peso.
  • Eu não sou desprezível. Só estou cansada demais.

✨ Conclusão

Escrever isso hoje é meu jeito de respirar. É meu lembrete de que, mesmo quando tudo fica escuro, ainda existe caminho. E que pedir ajuda — ou simplesmente admitir a dor — já é um ato de coragem.

Se você também está se sentindo assim, por favor, não carregue isso sozinha. Existe acolhimento, mesmo quando a mente tenta convencer o contrário.

⚠️ Se esse texto tocou algo sensível em você, procure ajuda.
📞 CVV – 188 (atendimento gratuito e 24h)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Quando a mente não para, o coração pede descanso

💛 Quando a mente não para, o coração pede descanso

Sim, essa sou eu. Pensando, como sempre.

Pensando no que fazer, no que posso criar, no que posso vender, no que ainda consigo inventar para aumentar minha renda.

Porque o relógio não para… e no próximo ano preciso pagar a faculdade da minha filha.

E eu não faço ideia de onde tirar esse dinheiro.

Às vezes me descabelo — literalmente e emocionalmente.

Tento ser uma boa mãe.

Sei que não sou perfeita, sei das minhas falhas, mas também sei que não sou das piores.

Ainda assim, sinto o peso enorme de prover tudo aquilo que ela precisa. E nada pesa mais do que o medo de não conseguir.

Minha cabeça não silencia.

As preocupações borbulham, se misturam, se atropelam.

Final de ano chegando — e como sempre, vira martírio.

É como se o mundo acelerasse e eu ficasse presa num redemoinho interno.

Ainda por cima, fico me martirizando por não ter conseguido uma boa classificação no último concurso. Parece que, em vez de resultado, eu recebo uma nova cobrança emocional.

E o curioso é que estou numa fase boa.

Medicada.

Com poucas crises de ansiedade.

O medo mais controlado.

Sem terapia no momento, mas ainda conseguindo me manter firme.

Mesmo assim… ainda me sinto confusa.

Como se eu tivesse tudo e ao mesmo tempo nada.

Uma mistura de gratidão com vazio, alívio com medo, força com exaustão.

É assim que eu estou.

E talvez seja o suficiente por hoje.

💛 Lembre-se: Se sua mente também anda barulhenta, se o peso tem sido grande demais, saiba que você não está só. Às vezes, só de ler que outra pessoa sente parecido, a gente respira um pouco melhor. E se esse texto te trouxe conforto, use isso como lembrete: continue, devagar mesmo, mas continue.


📞 No Brasil: 188 – CVV
Atendimento 24h, gratuito e anônimo.
Você não está só.

Dia 03 do Desafio: Amigo Verdadeiro

Dia 03 do Desafio: Amigos, Fé e Família Hoje, no terceiro dia do desafio , quero falar sobre algo que me toca profundamente: amizade, co...