sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Último Dia Do Ano...

Ficamos tão impotentes,

sentimo-nos tão sós,

diante do que não podemos mudar:

mentira, falsidade, covardia,

guerra, fome, catástrofe,

tão distantes,

e ao mesmo tempo tão reais,

tão dentro de nós.


No último dia do ano,

queria ser a poeta

a versejar sobre o amor,

das dores esquecer,

as mágoas apagar,

deixar esmaecer,

todo o sentimento ruim olvidar.


Queria ter a sabedoria de um sábio,

o conhecimento de um profeta,

a bondade de um anjo,

criar o que um mago faz,

e transformar este mundo em Paz.


No último dia do ano,

tenho como certo:

quero comigo mesma estar,

analisar os meus erros e acertos,

o que de bom de meus erros

posso tirar

e deixar o resto para trás

no esquecimento,

os que me magoaram perdoar,

e pedir silenciosamente perdão

àqueles a quem magoei

e que não os vejo mais.


Tenho como certo

no último dia do ano:

farei uma prece

para a saúde e paz dos meus,

abraçarei, em silêncio,

com muita afeição,

todos os meus amigos distantes

e os de perto.


                                                                                                                                  Gloria Guedes 








Um comentário:

  1. Oi amiga,

    Abri um novo blog para mim, agora só para meus poemas:
    "Meu poema eterno".

    Eu não entro muito no "O espírito de Claudia", só agora descobri (!!!) um comentário de vocês do mês de novembro na minha postagem "Uma tarde coma a amiga".

    Obrigada !

    ResponderExcluir

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