Ficamos tão impotentes,
sentimo-nos tão sós,
diante do que não podemos mudar:
mentira, falsidade, covardia,
guerra, fome, catástrofe,
tão distantes,
e ao mesmo tempo tão reais,
tão dentro de nós.
No último dia do ano,
queria ser a poeta
a versejar sobre o amor,
das dores esquecer,
as mágoas apagar,
deixar esmaecer,
todo o sentimento ruim olvidar.
Queria ter a sabedoria de um sábio,
o conhecimento de um profeta,
a bondade de um anjo,
criar o que um mago faz,
e transformar este mundo em Paz.
No último dia do ano,
tenho como certo:
quero comigo mesma estar,
analisar os meus erros e acertos,
o que de bom de meus erros
posso tirar
e deixar o resto para trás
no esquecimento,
os que me magoaram perdoar,
e pedir silenciosamente perdão
àqueles a quem magoei
e que não os vejo mais.
Tenho como certo
no último dia do ano:
farei uma prece
para a saúde e paz dos meus,
abraçarei, em silêncio,
com muita afeição,
todos os meus amigos distantes
e os de perto.
Gloria Guedes
Oi amiga,
ResponderExcluirAbri um novo blog para mim, agora só para meus poemas:
"Meu poema eterno".
Eu não entro muito no "O espírito de Claudia", só agora descobri (!!!) um comentário de vocês do mês de novembro na minha postagem "Uma tarde coma a amiga".
Obrigada !